31 de ago. de 2013

Comida e sexo

Há dias pensando nisso.

Comida e sexo tem tudo haver.

Tem cheiro
Tem prazer
Tem desejos
E até proibições

Alimenta a auto estima e o bom humor
já a falta...
baixa a auto estima e
provoca mau humor

Com amor fica mais gostoso
Com pimenta e açúcar também!

É preciso recriar
dia a dia
Porque até no trivial
há de se matar a fome.
E se houver abundância
não se prive,
desbunde!

Sexo tem comida
e comida tem sexo.
Sexo tem saber
e comida tem sabor.
Mas sexo tem que ter sabor
e comida saber
Saber e sabor
de prazer.

30 de ago. de 2013

A quimoterapia e o cabelo

Eu já falei sobre o que aconteceu com meus cabelos antes, durante e depois da quimo aqui neste link.
Mas hoje eu só queria dizer que estou um ano sem quimoterapia e o cabelo continua crescendo.
Eu tenho curtido muito todas as etapas de crescimento do meu cabelo.

Por meses, eu enfiei os dedos na cabeça, e eles apenas deslizavam, depois fui vendo os dedos se perdendo entre os fios, e hoje, ficam encobertos por tantos cabelos e cachinhos. Isso é impagável, adoro!


Em fevereiro eu cortei uns fiozinhos que encostavam na orelha e me incomodavam, mas acho que eu tava mais era com fogo de cortar o cabelo do que outra coisa. De lá para cá não cortei nem um dedinho minguinho do cabelo.

Se um dia você teve um cabelão e cortou curto ou quase curto, deve ter sentido a diferença na cabeça, quero dizer, deve ter sentido que a cabeça parecia mais leve, usou menos shampoo e cremes, entre outras coisas.

No meu caso, eu percebo o movimento ao contrário...minha cabeça está mais pesada, uso mais shampoos e cremes, gasto mais água e tempo na lavagem. Eu até uso touca de banho para não molhar os cabelos, e também uso um turbante feito de toalha para absorver a água depois que lavo os cabelos.
Nem sei se consigo explicar essa sensação maravilhosa de ver a cabeça ir enchendo de cabelo e o cabelo crescendo.

Vou partilhar aqui o que faço no meu cabelo...

- Eu só penteio quando lavo, ou seja 1x a cada 3 ou 4 dias.
- Depois de pentear, eu desarrumo todo o cabelo e amasso com os dedos.
- Eu uso shampoo e creme para cabelos enrolados.
- Eu alterno a lavagem dos cabelos com shampoo anti caspa e uso vinagre de framboesa para dar brilho nos cabelos.
- Gosto de usar uma faixa na cabeça e imitar o estilo black power.
- Agora re-descobri que colocar um grampinho no lado esquerdo dá um charme especial.

Gente de cabelo fino e liso pira com meus enroladinhos.
E eu fico na maior pavulagem, claro!

28 de ago. de 2013

Tripas de Aveiro

Parece paqueca, mas não é.
Esqueci de perguntar os ingredientes, mas tenho a impressão que é feita com maisena e trigo.



Eu pedi uma tripa recheada com queijo e salpicada com canela por cima.
Achei deliciosa!

26 de ago. de 2013

Aveiro, sua linda, eu gostei de ti!


Aveiro é uma cidade pequena, em torno de 73 mil habitantes, com muitas coisas para fazer e ver. O clima é muito agradável. Viemos no verão, mas senti um certo friozinho, especialmente pela manhã e a noite. Acho que isso foi devido ao vento, pois a temperatura chegou aos 30 graus.

Para quem gosta de Mercado Público, existem pelo menos dois, na cidade velha e no centro. O da cidade velha, vende peixes e mariscos. O do  centro, foi reformado, é espaçoso, e tem de tudo um pouco, como frutas e vegetais, carnes, peixes artesanato, e sorveteria. Eu sempre comprava frutas lá.


Para quem quer fazer compras, há um shopping center que é bem bonitinho. É um espaço aberto com muitas lojas de roupas, livros, telefones e celulares, super mercado, uma ampla e variada praça da alimentação, que inclui um restaurante brasileiro.

Há um cinema com 7 salas. Os filmes exibidos são novos e não são dublados. Fui ao cinema 5 vezes. O cinema garante acesso para portador@s de necessidades especiais, com lugares para cadeirantes.
No alto do shopping tem um jardim de oliveiras. É um lugar muito agradável para sentar, ler, namorar ou simplesmente não fazer nada.

Além do shopping center, é possível fazer compras no centro. Há muitas lojas, e para todos os gostos e estilos.

O artesanato é vendido nas lojas e feiras em parques. Os mais típicos são: toalhas de mesa, de mãos e panos de prato bordados ou pintados são baratos e bonitos. O galo é a marca de Portugal, vi em várias cidades. Acho bonito.
Há muitas igrejas, igrejas antigas, algumas mais modernas, um passeio que vale a pena para católic@s e não católic@s. Se estiver calor, entrar na igreja é mais refrescantes, ao contrário também vale, pois no inverno, dentro é mais quentinho. Sem contar na arte, um passeio em uma igreja pode ser muito educativo e cultural, há obras em madeira, pinturas, vitrais e azulejos belíssimos.

Aveiro é conhecida como a Veneza Portuguesa, pois é  cortada por um canal, tem várias pontes, e gôndolas que nos convidam para um passeio coletivo pelos canais.
A gastronomia é imperdível, boa e barata. Ovos moles são os doces mais famosos de Aveiro.
Por toda Aveiro, há muitos cafés, mas aqui é chamado de Pastelaria. Nas pastelarias é possível comprar tortas, doces e salgados. E é claro, sentar,  tomar um café e comer alguma delícia portuguesa. Mas se queres comprar pão, vá na Padaria.
Há muitos restaurantes com comida típica, geralmente pescados e  bacalhau. As porções são bem
grandes, pelos menos nos lugares que fui. A comida não é cara, e o atendimento é muito bom. Garçons (não fui atendida por garçonete) são alegres e simpáticos, gostam de conversar, perguntam de onde somos (Brasil?! Ah o Brasil...), dão opinião e explicam o cardápio. É muito legal.
Também há os Museus, mas eu só fui no Museu de Aveiro. Este museu foi um convento dominicano e também conhecido por Museu da Princesa Santa Joana. Além de contar toda a história da princesa que virou santa, tem um acervo religioso da época barroca e rococó, e um pouco de arte moderna. A entrada é barata e a visita foi muito interessante.

Uma coisa legal para quem sabe e gosta de andar de bicicleta e sair pedalando por aí, em Aveiro é possível fazer isto de graça. Tem uma Buga, lugar onde pode se emprestar uma bicicleta, no centro,  entre o Mercado Público e o Shopping. Basta deixar um documento de identificação e escolher uma bike e sair pedalando pelas ruas de Aveiro. Mas não esqueça de voltar para deixar  devolver a bicicleta.

Aveiro, sua linda, eu gostei de ti!

24 de ago. de 2013

Pavulagem é receber uma carta entre amigas

Não é porque ela me citou, mas esta moça escreve bem. Não crês? Então visite o blog Vida Vegetal ou Palavras de Papel
Foi de lá que eu copiei e colei o texto abaixo:


Carta entre amigas - Django, Tonto e Sombrinhas voando nas ruelas de Coimbra

Aqui,
o filme está em cartaz com o nome
Cavaleiro Solitário.
Eu gostei muito.

O Cavaleiro e Django
entrelaçam dois temas.
A origem da riqueza das nações
E o que lastreia o acontecimento cultural
chamado civilização.

Django e Tonto investem no impossível,
talvez para destituir a ingenuidade como
fundamento das narrativas históricas.
Uma receita nietzscheana:
Falar da vida e do humano sem pudor.

Em torno disto as emoções humanas.
As volições dos sentidos.
Em Cavaleiro Solitário são mais rizíveis.
Em Django, mais cruéis.
Em ambos, inacreditáveis.

Mas há o amor. Há Brunilde de várias formas.
A Lei, a Coragem, a Dignidade e a Ironia.

A LEI
Um herói acontecimento (de chapéu branco).
Fraco e medroso faz escolhas erradas o tempo todo,
mas seu cavalo branco é tudo de bom.  

A CORAGEM
Indígenas lutando contra um grande massacre
e bons em diagnóstico psicológico - Tonto trocou uma
mina de prata por um relógio de prata! Dia infeliz. Vida infeliz.

A DIGNIDADE
O amor de uma mulher disputado por três homens:
o Contra-Lei,  o Com a Lei e o da Vida - apenas um homem. Nada Mais.
Adivinhem quem levou a melhor?

A IRONIA
Tonto, um indígena com uma psiquê moderna
bem antes de Freud.
Culpa, chiste, sublimação
E persistência. Muita persistência.
Pense num homem moderno tenaz.
Chaplin. Tonto foi inspirado em Chaplin.
Ele não desiste nunca.

Gostei das imagens das Sombrinhas voando
no céu azul de ruelas entre casarios portugueses.
Estas não estão em Django ou Tonto,
estão em Pavulagem da Ro (nutriane.blogspot.com.br)
Visite. Você vai gostar.


O Cavaleiro Solitário de Gore Verbinski (2013) e Django Livre de Quentin Tarantino (2012).

22 de ago. de 2013

Braga e Guimarães

Decidimos visitar duas cidades em um dia, e ainda encontrar uma blogueira portuguesa super querida. 
Só para constar: de Aveiro para Braga, se as conexões derem certo, pois temos que fazer baldeação em Porto, são duas horas de trem. De Braga à Guimarães, 10-15 minutos de carro. De Guimarães para Aveiro, 2 horas de trem com baldeação em Porto.

Braga é uma cidade pequena, conhecida como cidade dos bispos (não precisa explicar não é mesmo?), e tem origem celta. Nossos amigos indicaram alguns lugares para visitar em 3 horas e meia. Das indicações não conseguimos visitar todas, o tempo foi curto, mas deu para aproveitar algumas coisas.

 Chegamos de trem, e fomos caminhando em direção ao centro da cidade. Chegamos no Jardim de Santa Bárbara ou das Mães. Neste local, os arcos de pedra e o colorido das flores deixavam esse jardim lindo.  E o casal apaixonado e despudorado, o que acham?

Caminhamos até o centro de informações para pegarmos o mapa, e descubro que em vários pontos de Braga existem wifi de graça, isso não é maravilhoso?

Paramos no Largo da Arcada. Lá está o Café Vianna, onde comi o melhor Pastel de Nata.
Decidimos andar pela cidade e não ir até no Bom Jesus de Braga. Lá parecia ser muito interessante, teríamos uma visão da cidade. 

Visitamos algumas igrejas, que tinha o interior decorados  em azulejos que contrastavan com o dourado, a madeira e as peças barrocas, garantindo um visual impressionante. 
A Catedral de Braga, é o que há...uma igreja medieval, feita de pedras com peças valiosas. No interior não é possível, inclusive há seguranças.

Depois visitamos a Fonte do Ídolo. É um santuário rupreste, tem duas salas, um em cima (que fica logo na entrada) e outra embaixo. Na sala de cima há um computador que contaa história da rota romana em Portugal, dos acampamentos, fontes, e etc. Na sala debaixo podemos ver as pedras, com dois desenhos indicando  que fonte é de origem romana. Durante uns 10 ou 15 minutos , é passado um vídeo que conta a história da fonte.

 O tempo em Braga estava se esgotando, pois queríamos fazer duas coisas, encontrar umapessoa que eu só conhecia na blogosferae ir à Guimarães.

Fernanda do blog: Mãee muito mais,nos pegou em Braga e delá fomos até a casa dela para comermos um delicioso bacalhau com natas, e conhecer a família também. A casa dela fica em uma vila. Fernanda é do jeito que eu imaginava, alegre, legal, ativa e a família muito acolhedora. Conheça um pouco mais de Fernanda aqui.

Guimarães

Fernanda foi nossa guia, pois conhece bem a cidade. Guimarães é cidade pequena, com arquitetura medieval e com traços dos celtas. Foi a primeira capital de Porugal, e em 2012 foi considerada cidade do patrimônio europeu, título merecido, pois a cidade é muito bonitinho.

Lá fomos no Castelo, que é tão imponente quanto o de Heidelberg.


Já na saída do Castelo, havia um estátua, um brasão e uma placa de ferro. O brasão e a placa eram homenagens do Brasil à Portugal em momentos diferentes: a primeira pelo Presidente Médici, e a segunda pelo Sarney.

Enquanto caminhávamos pela cidade Fernanda ia nos explicando tudo. Passamos por praças, entramos em igrejas, entramos em lojinhas de artesanato, paramos para uma água.

  Eu já estava esgotada, estava muito cansada, pedi arregoe quis voltar para Aveiro.

20 de ago. de 2013

A sempre interessante Coimbra



 Depois daquela passagem rápida por Coimbra, onde nós só visitamos a Universidade e descemos ladeira abaixo, tivemos que voltar para apreciar um pouquinho mais desta cidade. Não tive tempo para pesquisar sobre Coimbra então descreverei o que fizemos nas duas vezes que lá estivemos.

Há bons motivos para andar com um sapato confortável em Coimbra, salto 10, 15 e agulha não são recomendáveis. As ruas na cidade velha são de pedras e além disso, as ladeiras e escadarias não são poucas não.

Começamos o passeio pela Universidade de Coimbra, que está concorrendo para ser patrimônio mundial. A universidade fica na parte alta da cidade, mas o acesso é fácil, de carro, ônibus e a pé, subindo ladeiras e escadaria (a famosa quebra costas). A Universidade de Coimbra é antiga, e guarda um pouco da história de Portugal. É preciso pagar (acho justo!) para entrar nos lugares mais importantes da universidade, o que inclui a Biblioteca da Joaquina, que é linda e tem um acervo bem antigo e bonito. Em baixo da biblioteca fica a prisão. No passado, estudantes que se comportavam mal, ficavam na cadeia, sem ver a luz do sol.  Tadinhos.

Da universidade é possível ver a cidade e o rio. Essa vista é linda, principalmente em um dia de céu azul e sol a pino. Simplesmente inesquecível.

Não visitamos nenhum museu próximo a universidade, não houve tempo, porém entramos na Sé Nova, pagamos 1 euro cada. A entrada NÃO gratuita é para ajudar nas obras da igreja. As igrejas de modo geral estão em crise.

Descemos ladeira e escadaria abaixo, vale à pena!Passamos por ruelas (bonitinhas),  vimos frases que expressavam a indignação. Entramos na Sé Velha, entrada gratuita.
E descemos mais um pouco,passando pela escadaria quebra costas, chegamos ao coração do fado. Lá há muitas lojinhas de artesanato, bares, e a Casa do Fado. É um lugar muito agradável e charmoso. Deu para escutar fado, enquanto passeávamos ali.

Saindo dessa área, entramos na rua do comércio. É uma rua espaçosa com muitas lojas de roupas, sapatos, artesanato e ouro, além de restaurantes, bares, e pastelarias. Não tínhamos intenção de fazer compras, mas sim andar. Pegamos ruelas, becos, passamos por praças. Entramos em outra igreja, que me impressionou muito. Era toda em azulejo branco e azul. Achei diferente.

A fome deu sinal de vida, então fomos ao Restaurante Zé Manél, segundo nosso amigos, não poderíamos  sair de Coimbra sem experimentar qualquer prato neste lugar, custe o que custasse.
Chegamos ao Restaurante Zé Manél,  já havia fila. Dois casais e um casal com um filho estavam na nossa frente.Tivemos que esperar quase uma hora no Beco do Forno até uma concorrida mesa ficar livre. Deu tempo até de escrever uma poesia a la Drummond:

No Beco dos Fornos havia uma fila,
Havia uma fila no Beco dos Fornos.
No meio do beco havia um Zé Manél,
Havia um Zé Manél no meio do Beco dos Fornos.
No Beco dos Fornos, havia uma fila,
Havia uma fila para comer ossos no Zé Manél.

O Restaurante Zé Manél é conhecido como Zé Manél dos Ossos, porque ossos é um prato famoso e bem servido. O restaurante é  pequeno, o ambiente é acolhedor, e os pratos tem nomes inusitados e são deliciosos. O preço é justo e honesto. O dono é o garçom, só existe 1 cozinheiro e 1 um auxiliar de cozinha.São 7 mesas ao todo, e praticamente localizadas ao lado do balcão, por onde vemos toda a movimentação e preparo da comida. Só existe um cardápio, o dono dá o cardápio, depois anota o pedido, faz recomendação dos pratos, explica a preparação, conversa, passa recado ao cozinheiro... é um lugar fantástico!
Ossos de Porco


Cogumelos Aporcalhados
Vomitado de amêndoa
Depois da comilança, caminhamos na beira do rio, atravessamos a Ponte Pedonal debaixo de 35 graus às 3 horas da tarde, um calor...no outro lado da ponte, as pessoas estavam tomando banho no rio, pense na vontade que deu de se jogar naquele rio, pense...
Fomos em busca do Portugal dos Pequenitos. Subimos ladeira, escadas...derretemos...e finalmente encontramos a disney portuguesa sem a turma do ratinho. Apesar de fascista, como disse nosso amigo, o lugar é bonitinho. Há um pedacinho de cada país que Portugal invadiu e colonizou a partir de 1400 (Brasil, Índia, Angola, Guiné Bissau, etc), tudo em miniatura. Tem também a Universidade de Coimbra e modelos de casas de várias regiões.
Não deu tempo para muitas fotos. Uma casa, ao lado do parque estava pegando fogo. A gente só enxergava a fumaça e ouvia o barulho de sirenes dos bombeiros. Decidimos sair dali logo. O incêndio também era perto do Mosteiro de Santa Clara Velha, por isso não entramos.
Atravessamos a outra ponte e percebemos que o melhor caminho para ir ao Mosteiro e ao Portugal dos Pequenitos é pela Ponte de Santa Clara, mas tudo bem, o caminho pedonal valeu também.
 Por essas e outras rações que Coimbra é sempre interessante e cheia de prazeres!