11 de abr. de 2013

Conga la conga salva Jorge!

Eu não sou crítica de novela, mas já faz tempo que eu queria falar desta novela.
Eu assisti alguns capítulos, talvez apenas algumas cenas, quando estive no Brasil em dezembro e em março.

As cenas foram tão decepcionantes que não consegui acompanhar capítulo por capítulo ou ficar procurando notícias do que acontece com as personagens na internet depois que voltei para Alemanha.
Tenho visto nas redes sociais algumas críticas pelas noveleiras de plantão sobre esta novela, e eu sempre aperto na tecla ¨gostei¨. Tem gente que pede até para a autora colocar a Adriana Esteves para poder ter mais audiência.

A Glória Perez é uma novelista fantástica, sempre aborda assuntos polêmicos, relevantes e que contribuem para uma discussão mais politizada envolvendo a elite, a classe média e a massa.
Uma outra coisa que eu gosto, é que ela coloca atores e atrizes em papéis secundários, e uma pessoa desconhecida no papel âncora. Bem, nem sempre a âncora deslancha, mas tudo bem.

Umas das primeiras cenas que vi desta novela e logo achei fora do normal, embora não conheça a Turquia, foi a cena de plano e fuga da personagem da Carolina Dickman e da personagem Morena.
As duas falavam com várias pessoas em português conseguiram escapar, e na rua logo acharam uma delegacia.  As duas estavam de shortinho.
A personagem Morena, que não entrou na delegacia, depois de ver que a amiga não retornou, saiu andando pela rua, encontrou um brasileiro super legal que emprestou o celular pra ela ligar para o Brasil para falar com a mãe. Mas ela não disse que era escrava na boite na Turquia.

Quando estive em Bangladesh, passeando de riquixá, entrando e saindo de ruelas, pensei nessa novela, na temática de tráfico humano e prostituição.
Se eu me perdesse lá, não saberia como voltar para o hotel sem o endereço. A maioria das pessoas lá não falavam inglês, alvará português. As ruelas são um labirinto completamente estranho, e os nomes das ruas eram um mistério total pra mim.
Mas novela é novela, e as personagens quase se deram bem na fuga, já que uma foi presa, e como não acompanhei o restante dos capítulos, não sei o que aconteceu depois.

Quando voltei em março para o Brasil, assisti algumas cenas novamente.
Mas era difícil saber quando as personagens estavam na Turquia ou no Brasil. Era tão fácil ir e voltar, que em um mesmo capítulo, elas estavam na Turquia, mas de repente estavam passeando ou trabalhando no Brasil, e às vezes com a mesma roupa.
Mas gente rica e de classe média em novela é assim, viaja para o exterior em um piscar de olhos. Foi assim também na novela ¨O Clone¨, não foi?
Acho que a própria produção não assiste a novela e tem cometido muitos erros. Como um que foi mencionado no Facebook, que a personagem Morena vai a igreja de madrugada para encontrar com o Theo.

Pelo que li nas redes sociais, as atrizes Geovana Antonelle, Dira Paes e Flavia Alessandra estão dando um show de interpretação levantando um pouco a audiência da novela.

Mas quem vai salvar as meninas traficadas, não é Jorge, e sim a Joyce.
O Conga la conga foi um sucesso.
Não vi a dança, mas parece ter sido o grande hit nas redes sociais.
Acho que a novela deveria se chamar: Salve Joyce.



2 Comente aqui:

http://graceolsson.com/blog disse...

Ela deu m show e parece ser ela a carta na manga da Gloria para alavancar audiência , porque na novela o iço núcleo que presta e o da delegada e a mãe da Morena. O resto, deixa a desejar
Antes, eu pagava Globo para assistir, aora, achei o link www.g1novelas.net e vejo tudo, pelo menos tenho me distraído

Chant disse...

Assisti só um pouco no Brasil, mas o drama era tão pesado, só tinha coisa ruim, que de férias, resolvi deixar de lado.

Concordo com o que você falou sobre os temas abordados pela autora. Como não assisti a novela, não posso comentar sobre o desenrolar da história, mas sempre me impressiona como uma pessoa pode escrever uma novela. É roteiro para 9 meses, mil e um personagens (principalmente nas novelas de Glória Perez)! E haja criatividade!

Bjocas