Eu tava conversando com uma amiga sobre as coisas no Brasil. A violência, a política, a polícia, a fome...enfim um monte de coisa barra pesada.
A gente ficou se perguntando será que isso um dia vai mudar?
Mas aí eu pensei, olha vamos mudar o rumo dessa prosa porque o mundo todo tá de cabeça pra baixo.
Outro dia mesmo, uma alemã louca pôs seu bebê a venda na internet por 1 euro.
E eu encontrei um bebê dentro do carro chorando desesperadamente. Ao me ver parou. E eu fiquei procurando pela mãe e fazendo 1000 gracinhas pra ele. Isso durou quase 15 minutos que pareceram uma eternidade e não passava uma viva alma na rua. Era um domingo.
A mãe finalmente apareceu e disse que o rádio que avisava ela se o bebê chorasse estava quebrado...pode?
Então vamos mudar de prosa mesmo...
Vamos falar de coisas boas? O Brasil também tem um monte de coisa boa...se não tivesse, eu não sentia banzo, não sonhava com as comidas (eu sempre sonho!), não pagava 5 euros por um mamão e etc.
Depois desse papo, voltando pra casa...eu vi um jovem pai com uma criança que ano passado sempre eu encontrava na parada do bonde perto de casa.
A criança estava sentada no colo do pai. O menino não parava de falar. Nós descemos no mesmo lugar e o menino pediu pra descer sozinho do bonde e o pai foi só segurando pela mão.
Eu fiquei esperando o sinal abrir para eu poder atravessar a rua. O pai e o menino foram andando em outra direção. E menino continuava falando e rindo.
Daí eu fiquei pensando, "nossa como o tempo passa rápido, ano passado eu vi esse menino só no carrinho, não falava ou se falava era pouco, não andava...agora tá grande, falante e andando..."
Aí eu pensei na música do Gilberto Gil:
Andar com fé
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra coral
Ô-ô
Num pedaço de pão
A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal
Ô-ô
Na luz, na escuridão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Ô-ô
No calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra morrer
Ô-ô
Triste na solidão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô-ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ô-ô
Pelo sim, pelo não
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