A IV Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária será palco do lançamento da Semana Mundial da Alimentação 2007, nesta sexta-feira (5), às 15 horas, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (ExpoBrasília). Com o tema "O Direito à Alimentação", a semana ocorrerá de 15 a 19 de outubro.
O Brasil é considerado, por organismos internacionais e por outros países, referência no combate à fome e à pobreza. Uma das razões deste reconhecimento é o fato de o País ter reduzido pela metade a proporção da população que vive em extrema pobreza, oito anos antes do prazo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Em 1990, 8,8% dos brasileiros viviam na pobreza extrema. Já em 2005, esse percentual caiu para 4,2%, o que representa um resultado superior ao estabelecido pela ONU e que deveria ser cumprido até 2015. As ações de combate à fome e à desnutrição também já têm dado resultado, como a redução do déficit de peso das crianças. A disponibilidade total de alimentos também aumentou, atingindo um patamar de cerca de 3 mil quilocalorias (kcal) por pessoa/dia. Isso representa 24% a mais que o estabelecido pela FAO.
Mesmo com tantos avanços, o governo brasileiro reconhece que ainda há muito por fazer. Apesar de ter atingido a meta de redução da extrema pobreza, cerca de 7,5 milhões ainda têm renda domiciliar per capita inferior a 1 dólar PPC (Paridade do Poder de Compra) por dia.
Em relação à questão alimentar, a garantia da oferta de alimentos coloca um novo desafio: garantir que os brasileiros façam escolhas saudáveis. O que se tem registrado, nos últimos anos, é um aumento da obesidade, muitas vezes acompanhada de desnutrição aguda ou crônica, e de outros problemas associados à má alimentação, como diabetes e hipertensão.
Por esta razão, governo e sociedade dão especial atenção ao Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro), ampliando a data para a Semana. É um momento de voltar à atenção para a fome e a insegurança alimentar que afetam cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo e também para os novos desafios.
Aqui no síte do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional tem mais informações.
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