19 de out. de 2013

Eu e The Big C, me vejo em muitas cenas.

Comecei a assistir esta série americana por acaso.
Lembro que eu procurava alguma coisa interessante na tv quando comecei a assistir The Big C.
Eu gostei do que vi, me enxergava em várias cenas.
Como na tv passava  só 1x/semana, e eu nem sempre conseguia acompanhar, resolvi comprar as 3 temporadas da série, mas são 4 no total.
E tô adorando porque agora eu tô entendo melhor o grande C.

Só por curiosidade The Bic C é com Laura Liney, que este ano ganhou o Emmy de melhor atriz de minissérie. A atriz não compareceu na cerimônia, por isso foi criticada pelo lindo Matt Dammon.

Vou tentar fazer um resumo da história.
The Big C, é um seriado tipo drama e comédia junto. Conta a história da Cathy, uma mulher de 42 anos com câncer de pele em estágio avançado.
Cathy  que é professora, casada, tem um filho adolescente e um irmão ambientalista e morador de rua por opção. Cathy tem uma aluna adolescente negra, obesa fashion, um pouco rebelde, e que se torna muito próxima de Cathy. Ainda fazem parte do elenco, só que temporariamente, a vizinha de Cathy que tem problemas de memória, e é a única que sabe da doença de Cathy, e o médico, um recém formado.
No inicio, Cathy esconde que tem câncer de todo mundo e dá uma pirada geral. Isso é o que mais me atrae no seriado, as pirações da Cathy! É as pirações dela dão uma certa leveza ao drama em que ela vive. Quem teve câncer sabe disso. Precisamos de leveza.

Cathy passa a ter um comportamento estranho para as outras pessoas, mas ela não tem medo da morte, acho que ela apenas gostaria de viver mais.
Aliás, penso que não é a morte que nos aterroriza, mas sim o que vamos deixar de vivenciar, experimentar, conviver e etc.
Assim Cathy se preocupa com o crescimento do filho e tenta passar o máximo de tempo com ele, sufocando muitas vezes o rapaz. Ele por sua vez, não entende o comportamento da mãe. Mas isso é só um exemplo do comportamento dela.

Como eu falei, me vejo em muitas cenas do seriado, por exemplo:
  • Quando ela sonha que está no ringue lutando contra o inimigo. Quando eu ia para a Quimiolândia, na hora da infusão, eu me imaginava em ringue e estava lutando com todas as minhas forças contra o meu inimigo.
  • Quando o marido está com ela no hospital. Quando ele também pira, às vezes mais do que ela. Além de ser um grande companheiro, lembrando o meu Rei.
  • Quando ela tem uma amiga chata, se metendo na vida dela, dando conselhos, quando ela nem pediu.
  • Ela acha que ter câncer não é um presente e sim é um fardo.
  • E principalmente na abertura da série, quando ela se joga dentro da piscina. O marido, o filho e o irmão ficam na borda olhando para ela. Mas Cathy, faz o tipo ¨nem aí¨, ela começa a fazer piruetas, senta no fundo da piscina e depois sai, meio que flutuando, em direção a uma luz fora da piscina. 
Muitas vezes eu queria me enfiar em um lugar, algum buraco que não tivesse sem ninguém por perto, queria mergulhar no meu mundo. É assim que me vejo na Cathy quando ela entra na piscina. Eu gosto tanto desta cena, que não canso de assistir sempre que começa cada episódio.

Eu gosto muito das cenas em que a familia está reunida em torno da mesa, geralmente refeições comemorativas.
Cathy está sempre na cabeceira da mesa. As cenas mostram como é a estrutura de poder na família, e Cathy é que tem o comando dela.
Acho bacana isso, porque demonstra que essa questão do homem sentar na cabeceira da mesa é uma questão machista e ultrapassada. Assim, esse tipo de cena, ajuda a quebrar as regras que estão embutidas filmes, onde o homem tem o lugar cativo na cabeceira.

Tem duas coisas que eu não me vejo na Cathy, eu nunca escondi de ninguém que tinha câncer. E também nunca usei o câncer para conseguir alguma coisa ou chamar atenção, ou como uma desculpa para um comportamento diferente. Mas cada pessoa reage diferente, e isso não impede que eu goste tanto do seriado.

Eu acho que a letra C do The Big C é de Cathy e não do câncer.
Agora estou na terceira temporada, mas pelo que sei são 4.
Acho que Cathy vai morrer, como todo mundo um dia vai, mas enquanto isso não acontece, vou me divertindo.
Aqui tem o trailer da 1ª temporada.

4 Comente aqui:

Fernanda disse...

Gosto imenso dessa série, agora parou, mas espero que volte a passar.
Acho que é muito mais saudável enfrentar o cancro como a Cathy faz, do que continuar a viver como antes; porque deve ser uma coisa que mexe tanto com a pessoa que continaur a ser o que sempre foi, deve ser pedir demais! Então, atirar tudo cá para fora, bom/mau, não importa. O que importa é ser o que apetece ser.

Beijinhos, Rô!

Luma Rosa disse...

Oi, Roseane!
Ainda não assisti esse seriado e vou começar a prestar atenção. Tem alguns seriados que já sigo e o tempo que tenho disponível para a tv é bem curto. Vou ver se compro a série para assistir, pois acho que aqui não passa - Não me lembro de ter visto qualquer coisa sobre ela :(
Bom fim de semana!!
Beijus,

Allan Robert P. J. disse...

Pra falar a verdade, não gosto muito de seriados. Não consigo assistir nada que não tenha um início, meio e fim no mesmo episódio. Aquelas séries tipo Lost ou que ...continua no próximo capítulo, então...

Mas fiquei curioso com o que vc descreveu. Acho importante tratar temas que normalmente preferimos não falar.

Quando acabar a série, me conta o final.

:)

maysa disse...

agora que to de 'ferias' vou ve pra assistir! Gostei do que vc falou.. leveza, acho q isso é tudo na vida, tanto pra quem tem cancer como pra quem nao tem.. encarar as coisas de frente com doçura e sem obrigação nenhuma é uma dadiva! bjss