Embora eu acho que nunca saí. Me formei em 1995 em nutrição na Universidade Federal do Pará, mas sempre tive uma inquietação, uma angustia que me guiava em busca de livros, palestras, congressos,contatos, etc.
Depois que me formei, logo comecei a trabalhar em Macapá. Foi um período muito legal na minha vida. Primeira vez que tava ganhando meu dinheirinho, fruto de muito esforço, comprei meu próprio carro e sentia minha independência financeira fluir.
Então, em 2000, tive a oportunidade, que agarrei com unhas e dentes, de fazer uma especialização na Escola Paulista de Medicina. Vendi meu carro, piquei a mula pra Sampa e fiquei lá por 9 meses. Conheci pessoas interessantes, e tive uma experiência legal. Também conheci Flavio e não desgrudamos mais.
Em 2001, engatinhei o mestrado na UNB. Quando terminei o mestrado, em 2003, fiquei aliviada e pensei, agora vou parar. Lerdo engano.
Ano passado me candidatei para um programa, chamado Segurança Alimentar Global na Universidade de Hohenheim, em Stuttgart.
Haviam me dito que muitas pessoas estavam inscritas, em torno de 300. Meu coração tava apertadinho, os requisitos eram altos, não vou dizer que não tinha esperança de conseguir, mas achei que era muito difícil. Já estava me conformando para ouvir o NÃO.
Fui aceita. Quase não acreditei. Meu projeto sobre quilombolas no Amapá, tinha sido selecionado entre mais de 250 projetos para uma das 12 vagas.
Mas, nem tudo é fácil quanto parece, a cada dia enfrento um desafio, às vezes caio, e busco forças pra levantar e não desistir. Apoio da família e amig@s tem sido fundamental.
Ando meio anti-social, o nível de estress etá altíssimo, vivo num mundo onde denomino "Roseane-centred".
Tudo o que vejo, leio, copio, escrevo, me interesso, escuto, converso é nesse mundo,que é um mundinho, mas pra mim, é um mundão. Tudo relacionado ao meu projeto de doutorado.
Vejam uma parte do meu mundão, pode parecer meio desorganizado fisicamente, mas se esforçando muito para ser cuidadoso, disciplinado e forte.
No geralzão, esta mesa tem meu laptop, caneta, lapis, papel, 3 livros sobre direito humano à alimentação, muitos cds com arquivos, agendas, impressora, lembrancinhas de lugares, santinhas, terço, protetor labial incolor, hidrante para mãos. O celular, porque uma amiga ligou para pedir uma informação.
Flavio trouxe esse vaso com flores miúdas, só não colocou na mesa, por falta de espaço. Ele disse que era pra ajudar a abstrair o stress.
2 Comente aqui:
Eita Rô, você é uma batalhadora.
Te desejo muita sorte em mais esta "empreitada'. E você nao pareceo tipo de pessoa que desiste fácil das coisa, portanto, força. Esses momentos anti-sociais sao mais que compreensivos.
Queria eu ter esta determinação.
Um beijo e otimo fim de semana.
Coragemn conterrânea, coragem! A base de tudo isso é o apoio da famlia e isso vc tem, além da determinação; Depois, vc colherà os frutos! bj
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