Não foi nem um sonho de viagem, mas foi bom, afinal viajar sempre é bom, ainda mais com a pessoa que a gente ama, não é mesmo?
Fomos de trem e foram muitas horas de viagem.
De Heidelberg para Grenoble +/- 9 horas. Depois Grenoble-Nantes, quase 7 horas, e finalmente Nantes-Heidelberg 8 horas. Tudo isso com algumas paradas, é claro.
Flavio tinha que ir a Grenoble, onde fica secção da FIAN na França.
A FIAN França é uma secção bem pequena, mas com um trabalho muito interessante. Só tem dois funcionários remunerados, o resto são membros e/ou voluntári@s.
O Presidente da secção nos convidou para ficarmos hospedados na casa dele, que fica em uma fazenda.
A fazenda na verdade, era uma grande propriedade. O dono construiu várias casas e aluga.
O Thomas e a Patricia, nossos anfitriões, alugaram uma casa em frente a plantação de nozes.
A casa deles é muito agradável. Tem um pequeno jardim e uma hortinha. Próximo ao jardim e a horta, eles colocaram uma mesa e nós sentavámos lá todos os dias para conversar, comer, ler e algumas vezes trabalhar.
Patricia é uma artesã. Ela trabalha com madeira. Faz coisas lindas em móveis antigos. Ela tinha um ateliê, mas fechou, pois os movéis e outros materiais não estavam tendo saída. Eu adorei essa bandeja que ela fez. Infelizmente, ela não tinha nenhuma pronta para vender.
Quem quiser conhecer o trabalho dela é clicar em cima do nome dela.
No dia que chegamos, na sexta-feira, vimos o astro rei, o sol, se pondo majestosamente por trás dos alpes, por volta de 10 horas da noite. Lindo demais!
Nós tivemos sorte em Grenoble, o tempo estava ensolarado e um pouco quente. A cidade é pequena, rodeada pelos alpes. Na tarde de sábado passeamos, Flavio e eu, pelo centro da cidade e também pegamos um teleférico e fomos até a Bastilha, onde pudemos ter uma visão de toda a cidade do alto da montanha.
No domingo, fomos convidados para almoçar na casa de um casal. Ele trabalha na FIAN, e convidou todos os membros e voluntári@s.
Ele mora em outra cidade. Também em uma pequena propriedade no alto de uma montanha. A família dele e da mulher mora nesse lugar há praticamente 500 anos.
Com certeza eles não são nômades.
Achei muito gentil da parte dele, nos receber com uma camiseta do Brasil.
Nós almoçamos nos fundos da casa. Eles colocaram uma mesa, armaram uma tenda para nos proteger, pois o sol estava tinindo.
Nós ficamos lá a inteira. Durante todo esse tempo, ficamos em volta da mesa, bebendo, conversando e comendo.
Nós tomamos vinho de laranja, produzida pelo família. Comemos alface da própria horta deles, colhida 20 minutos do almoço ser servido.
E no final, quando eu pensei já tinha acabado tudo, foi servido café com uma torta de de damasco maravilhosa. Além de frutas silvestres fresquinhas.
Um ritual que achei incrível e que me transportou para o filme "A festa de Babete".
Eu não sei explicar, mas achei tudo tão mágico, que nem acreditei no que vivenciei nOs dias que fiquei em Grenoble e redondezas.
Mais fotos para quem quiser ver.
Grenoble-F |
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