6 de dez. de 2007

O trabalho voluntário

Antes de mudar para cá eu já sabia que não poderia trabalhar aqui. Avaliamos muito o que isso poderia acarretar na minha vida pessoal e profissional e mesmo assim decidimos vir.

Eu não tenho permissão para trabalhar aqui. Talvez daqui a 5 anos. As leis para imigrantes estão cada vez mais rigorosas.

No início tudo era novo e eu não tinha muito tempo para pensar bobagens. As aulas de alemão e os deveres tomavam muito meu tempo. Afinal aprender do zero, o be-a-bá, não é mole não, principalmente para quem já passou dos 35.

Nos últimos 3 ou 4 meses eu comecei a sentir falta do meu trabalho. Comecei a ter insônia frequentemente, inclusive durante as viagens, quando eu deveria está bem mais relaxada. Ficava nervosa a toa e sonhava (nem sei ser era dormindo ou acordada) com meu trabalho no Brasil, com as pessoas, e com tudo que relacionava ao meu trabalho lá. Tive momentos bem ruinzinho e tive medo de ter depressão.

Desde que cheguei aqui fui convidada para ser voluntária na FIAN, mas eu relutei muito. Meu marido é o secretário geral e eu não queria que misturassem as coisas.

O trabalho voluntário aqui na Europa é levado a sério, é bastante concorrido, e tem até seleção.
Conheci pessoas que começaram com trabalho voluntário, ficaram anos e finalmente conseguiram um posto remunerado.

Ser voluntário por essas bandas é um bom começo de carreira. E também é bom para currículo.
Duas pessoas foram fundamentais na minha decisão de ser volountária na FIAN, a Gracy (uma amiga desde Brasília, que mudou há dois anos para Holanda) e a Célia, do blog Esperança e Amor.

Eu comecei o trabalho em novembro, primeiramente lendo artigos, mas agora, já estou indo uma vez por semana e tenho até email. Tô me sentindo mais gente!!!

Talvez minhas idas e vindas na blogosfera fiquem mais escassas, talvez não...vamos ver no que vai dar né?

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