entremeada
com trovões guturais
das profundezas do Vesúvio oriundos
contra o
fundo musical de rajadas
estacatos e
baldadas de torrenciais aguas
que dos céus
despencavam,
A
tempestade escorre em meu rosto
alaga alfombras e cisternas
penetra o recôndito
do meu ser
transborda
rios e lagos e
brota dos
olhos qual suave catarata.
Viro pelo avesso
te busco em
todas as partes
em nenhuma
delas te vejo,
mas em
todas te vislumbro em mim
em meus sonhos e memorias,
impregnada em meus sentidos
grávido de teu sorriso
cativo
de tua esperanca
viva no meu amor
impulsionando-me ao futuro
Os pássaros
gorjeiam o fim da tormenta
tu pintas o céu com tuas cores em arco
Estamos em paz
Flavio, Nápoles, 16 de agosto de 2015
Flávio