Gente, nem
conto para vocês. Nestes últimos dias ando que nem a irmã, é um tal de pisa
aqui, pisa acolá, que nem rainha aguenta. Uma hora tenho que estar em Belém ou
Marituba, para ver se está tudo bem com a Dona Euneide, logo, logo tenho que
dar um pulo em Macapá para ver se o Viana está se cuidando e se o Cafú se
recuperou, e quando menos espero tenho que dar uma chegada no Nepal para ver se
tudo está indo bem com a viagem do Flavio. Pelo menos o fuso horário ajuda.
Enquanto o pessoal está dormindo no Brasil, me mando para o Nepal, sem deixar
de dar uma parada em Heidelberg para ver se a Frau Fütterer está melhor do pé.
Se eu não fosse rainha, diria que estava cansada, mas não me rendo.
Mas tudo
tem sua razão de ser. A viagem do Flavio para o Nepal me pegou de surpresa. Eu
já tinha me preparado para esta eventualidade, mas tive que fazer tudo a toque
de caixa, quando ele antecipou a viagem. Desculpas se estou fazendo atalhos, mas
vocês sabem que não gosto de historias longas. Rs. Rs. Mas é duro enviar
mensagens por arcoirês, passarinhês, e outros dialetos. Nem sempre as pessoas
entendem, e eu não gosto que não me entendam. Mas eu preparei tudo...e
aparentemente deu certo...
Mas vamos
ao fatos. Eu tive que preparar um monte de “deja-vus”, desde que ele chegou no
Nepal, um atrás do outro, para que o Flavio se
antenasse. Porquê? No final vocês vão entender, este post é longo... Em
meio a tantas reuniões é difícil chamar a atenção do Flavio. Então eu lembrei a
estória do aniversário, e funcionou. Ele ficou encafifado... Explicando, o
número preferido do Flavio, desde criança, é o número 22, e ele nunca entendeu
porque, mas eu sabia....há pouco tempo,
mas sabia.
Um
passarinho cochichou no ouvido de uma amiga do Flavio, que ele tinha que ir a
sede da FIAN Nepal, mesmo que fosse só por uma gentileza social. (Cá entre nós,
o Flavio não é muito disto...) E ele foi. Arranjei outro “deja vu” e ele acabou
se sentando onde eu queria, em frente ao novo calendário da FIAN Nepal, para
conversar sobre a programação turística do fim de semana. (que eu já tinha
preparado cuidadosamente...)
Durante a
conversa, os olhos do Flavio bateram sobre o primeiro mês do calendário Nepalês,
e notou que estranhamente o “mês”, ou melhor, o ano começava no dia 14 de
abril, e que havia outra numeração sobreposta a que conhecemos no ocidente. E
se arrepiou quando constatou que o dia 5 de maio corresponde ao dia 22 do
primeiro mês do ano nepalês, o nome do qual nem tento pronunciar. Neste dia foi
aprovado o roteiro turístico para o dia 26, que eu havia “proposto”, apesar de
algumas resistências...
Tudo estava
indo bem até que eu me distraí e não cuidei das condições meteorológicas. Eu
estava descansada porque as conversas nos bastidores indicavam que o tal de
aquecimento global (que eu nunca entendi direito) estava atrasando os monções,
especialmente no Nepal. Tudo indicava tempo bom. Como venho perdendo o costume
de olhar o celular, não notei a previsão de tempo para o dia de hoje, 26 de julho:
100% de chance de temporal, com relâmpagos e trovoadas, em todo o Nepal.
Sem perda
de tempo, dei uma conversada com o Sidarta e com a turma do Maomé, que são influentes
na região, e também com o São Pedro, mesmo sabendo que ele apita pouco por lá.
Afinal de contas eu tenho alguma influencia no céu. Eu pedi encarecidamente que
eles adiassem somente por um dia a
chuva. Ao mesmo tempo, pus as cigarras para buzinar no ouvido do povo que era melhor
esperar pela manhã para tomar a decisão. O tempo poderia mudar... Eu nunca acreditei
em previsão de tempo, mesmo na Alemanha. Recentemente conversando com Tomé,
entendi porque. Parece que sou aparentada com ele, mais essa. rs,rs.
Continua....
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