27 de jul. de 2015

Pelas bandas do Nepal - capítulo I

Gente, nem conto para vocês. Nestes últimos dias ando que nem a irmã, é um tal de pisa aqui, pisa acolá, que nem rainha aguenta. Uma hora tenho que estar em Belém ou Marituba, para ver se está tudo bem com a Dona Euneide, logo, logo tenho que dar um pulo em Macapá para ver se o Viana está se cuidando e se o Cafú se recuperou, e quando menos espero tenho que dar uma chegada no Nepal para ver se tudo está indo bem com a viagem do Flavio. Pelo menos o fuso horário ajuda. Enquanto o pessoal está dormindo no Brasil, me mando para o Nepal, sem deixar de dar uma parada em Heidelberg para ver se a Frau Fütterer está melhor do pé. Se eu não fosse rainha, diria que estava cansada, mas não me rendo.

Mas tudo tem sua razão de ser. A viagem do Flavio para o Nepal me pegou de surpresa. Eu já tinha me preparado para esta eventualidade, mas tive que fazer tudo a toque de caixa, quando ele antecipou a viagem. Desculpas se estou fazendo atalhos, mas vocês sabem que não gosto de historias longas. Rs. Rs. Mas é duro enviar mensagens por arcoirês, passarinhês, e outros dialetos. Nem sempre as pessoas entendem, e eu não gosto que não me entendam. Mas eu preparei tudo...e aparentemente deu certo...

Mas vamos ao fatos. Eu tive que preparar um monte de “deja-vus”, desde que ele chegou no Nepal, um atrás do outro, para que o Flavio se  antenasse. Porquê? No final vocês vão entender, este post é longo... Em meio a tantas reuniões é difícil chamar a atenção do Flavio. Então eu lembrei a estória do aniversário, e funcionou. Ele ficou encafifado... Explicando, o número preferido do Flavio, desde criança, é o número 22, e ele nunca entendeu porque,  mas eu sabia....há pouco tempo, mas sabia.

Um passarinho cochichou no ouvido de uma amiga do Flavio, que ele tinha que ir a sede da FIAN Nepal, mesmo que fosse só por uma gentileza social. (Cá entre nós, o Flavio não é muito disto...) E ele foi. Arranjei outro “deja vu” e ele acabou se sentando onde eu queria, em frente ao novo calendário da FIAN Nepal, para conversar sobre a programação turística do fim de semana. (que eu já tinha preparado cuidadosamente...)

Durante a conversa, os olhos do Flavio bateram sobre o primeiro mês do calendário Nepalês, e notou que estranhamente o “mês”, ou melhor, o ano começava no dia 14 de abril, e que havia outra numeração sobreposta a que conhecemos no ocidente. E se arrepiou quando constatou que o dia 5 de maio corresponde ao dia 22 do primeiro mês do ano nepalês, o nome do qual nem tento pronunciar. Neste dia foi aprovado o roteiro turístico para o dia 26, que eu havia “proposto”, apesar de algumas resistências...

Tudo estava indo bem até que eu me distraí e não cuidei das condições meteorológicas. Eu estava descansada porque as conversas nos bastidores indicavam que o tal de aquecimento global (que eu nunca entendi direito) estava atrasando os monções, especialmente no Nepal. Tudo indicava tempo bom. Como venho perdendo o costume de olhar o celular, não notei a previsão de tempo para o dia de hoje, 26 de julho: 100% de chance de temporal, com relâmpagos e trovoadas, em todo o Nepal.


Sem perda de tempo, dei uma conversada com o Sidarta e com a turma do Maomé, que são influentes na região, e também com o São Pedro, mesmo sabendo que ele apita pouco por lá. Afinal de contas eu tenho alguma influencia no céu. Eu pedi encarecidamente que eles adiassem somente por um dia  a chuva. Ao mesmo tempo, pus as cigarras para buzinar no ouvido do povo que era melhor esperar pela manhã para tomar a decisão. O tempo poderia mudar... Eu nunca acreditei em previsão de tempo, mesmo na Alemanha. Recentemente conversando com Tomé, entendi porque. Parece que sou aparentada com ele, mais essa. rs,rs.

Continua....

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