Estou carente.
Carente de ver, encontrar e conversar com pessoas ao vivo e a cores.
Meu telefone ficou uma semana quebrado e eu nem percebi porque ninguém me liga e eu não ligo pra ninguém também.
As redes sociais fazem isso. Para que pegar o telefone e ligar para uma pessoa, se é possível ver que a pessoa vai bem por meio de fotos publicas em redes sociais?
Agora eu vou aproveitar para chorar as pitangas...
Ninguém manda mais emails contando novidades ou perguntando como você está. Reitero, para quê? Está tudo registrado nas redes sociais.
A nova aquisição, a última viagem, as fotos, a comida. O novo e o velho relacionamento. As lamentações também são registradas publicamente, assim como as desavenças, (des)encontros, festas.
Eu luto parcialmente contra essa tendência da superficialidade e impessoalidade nas relações, ainda mando emails e cartões postais. Mas também, muitas vezes não resisto à publicação das minhas novas experiências, opinões e do meu cotidiano, seja aqui e ou nas redes virtuais.
Mas confesso, sinto falta de encontrar gente de verdade. De escutar e dar boas gargalhadas coletivas. De oferecer meu ombro, e receber também na hora da tristeza.
Sinto falta de ouvir vozes, de sentir o perfume das pessoas.
Quero andar por aí e ao sentir um perfume dizer: ¨este cheiro me lembra fulana, beltrano¨
Mas como vou lembrar do cheiro, se alguém posta o ¨look do dia¨ e eu nem passei por ela, nem sei se usa perfume.
E por falar em cheiro..
Quero sentir cheiro de comida que não seja a da nossa casa. Quero sentar na mesa com muitas pessoas e compartilhar uma comidinha especial ou cotidiana. Quero sentir sentir o cheiro de café de boas vindas, do feijão gritando na panela, do cupuaçú que não se esconde.
A foto do bolo compartilhada virtualmente nos enche os olhos, dá água na boca, mas não passa disso. E eu quero mais, quero provar, fazer elogios e repetir o doce até dizer dizer chega. Porque em companhia tudo tem gostinho de quero mais.
A internet nos aproxima de pessoas pelo mundo afora, essa tecnologia nos acerca de pessoas que nunca nem vimos na vida, mas ao mesmo tempo cria um mar sem fim que nos distancia de um contato mais real.
Embora eu tenha mais de 100 pessoas acompanhando esta pavulagem, e mais de 441 ¨amigos¨ na rede social que mais uso, tenho , e na outra 241 pessoas me seguem, sem contar em outros sites virtuais que também faço parte, sinto minha rede real limitada à minha família e à bem poucos amig@s.
Apesar de tantas vantagens não mencionadas aqui, acho que as redes virtuais deixaram o mundo mais egocêntrico, inodoro, insípido e solitário. É preciso encontrar caminhos para uma vida mais social, coletiva, doce, colorida e divertida.
E agora, quem vai me oferecer um lenço ou nós faremos um suco dessas pintangas?
29 de set. de 2013
22 de set. de 2013
15 de set. de 2013
Santiago de Compostela – minhas impressões
Por
Unknown
- Ser católic@, mas não precisa ser apostólic@ românic@
- Amar a Espanha
Eu fui lá porque
meu marido queria muito ir. Flavio gosta muito de Santiago e queria me mostrar
a cidade. Detalhe importante, Flavio é
ateu.
Como eu amo
tudo na Espanha, cidades, comidinhas
e o ambiente, eu não pensei nem uma vez, aceitei a proposta de cara.
Mas vamos
ao que interessa: minhas impressões sobre
Santiago de Compostela.
Santiago é
uma cidade considerada patrimônio cultural pela Unesco. É cidade antiga, com
arquitetura medieval celta. O sepulcro
do apóstolo Santiago, um dos 12 de Jesus, foi encontrado neste local e que deu
origem ao nome. Mas o nome tem dois: Santiago
de Compostela.
Reza a
lenda que um eremita de nome Paio, avistou umas luzes estranhas em formato de
estrelas no local onde foi encontrado o corpo de Santiago. Compostela é
derivado do latim(eu acho)e significa campos de estrela, daí o nome Santiago de Compostela.
Há muitas
igrejas, mas a principal é a Catedral
de Santiago. Ela é enorme e
imponente.É possível visitar a igreja de
graça, mas para ver mais detalhes, como abraçar
imagem do apóstolo (o que eu não fiz), enfrenta-se uma fila enorme
(gratuito). Para ver o museu da Catedral e o Pórtico da Glória (que é um escultura belíssima) é preciso pagar.
Vale à pena!
Não se pode
fazer fotos das obras do Museu da
Catedral. Lá há muitas peças bonitas e valiosas que retratam a história da
Catedral, como quadros, tapeçarias, vestuários, tem uma biblioteca, o vestuário,
e a tapeçaria, além de uma boa vista da praça
dos obradoiro e parte da cidade.
Há outros
museus, que devem ser muito interessantes, mas nós visitamos apenas o da
Catedral e o Museu dos Povos Galícios,
que eu gostei muito.
O Museu dos Povos Galícios, como o
próprio nome diz, conta a história dos Galegos. Lá há os instrumentos de
navegação, da agricultura, há pinturas, esculturas, tapeçaria, vestuários,
fotos e etc. O que eu mais gostei neste museu, foi a história da família e da
sociedade galega. Como a família é construída, a hierarquia, a divisão de trabalho, doméstico e na terra; as festas e vestimentas típicas. Penso que a visita neste museu é imperdível.
Aos domingos entrada é gratuita.
A comida é um escândalo de boa.O prato
mais comum o polvo, caldo e cozido
galego, a torta de Santiago (doce),entre outras. A comida em bares e restaurantes populares
não são caras.
A cerveja também é muito boa,
principalmente no calor, servida bem geladinha é tudo de bom.O que é muito
comum também, é pedir uma cerveja, e de quebra sempre vem um petisco,
pedacinhos de tortilhas, tortas,
azeitonas, batatas fritas...paga-se apenas a cervejas, as esses deliciosos bocadilhos devem está incluídos no
preço.
13 de set. de 2013
70 anos do Amapá
Por
Unknown
Há 70 anos, hoje o Estado do Amapá, se tornava independente do Pará, e foi criado o Território do Amapá no dia 13 de setembro de 1943.
Lembro, quando eu era criança e até os 16 anos (1987), todos os anos havia desfiles das escolas públicas em uma das avenidas mais largas de Macapá, a Avenida Fab. Lá fica a área administrativa e sede do governo estadual e também a sede da prefeitura de Macapá.
Lembro que eu não gostava de desfilar no dia 13 de setembro.
Tinha que acordar cedo em pleno feriado. E ficar no sol por horas até terminar o desfile da escola que eu estudava.
O horário variava muito, pois acho que havia sorteio da ordem de desfile de cada escola, não lembro bem.
Eu desfilei várias vezes, mas não todos os anos.
Achei esta foto do meu último desfile, e também último ano em que Amapá era território.
Eu estava no 2º ano do 2º grau, 1987. Não sei de quem foi a idéia, mas desfilamos de palhaças, eu e minhas amigas. Foi muito divertido.
Em 1988, com a nova constituição, o território virou Estado do Amapá, e eu já morava em Belém.
Ao retornar para Macapá em 1995, já estava formada, e pouco lembro sobre essa comemoração.
Vou pedir ajudar aos escolares sobre isso....
Sabia que houve uma pequena colonização russa no Amapá?
Pois eu não sabia.Que vergonha!
Aprendi isso e muito mais aqui.
Lembro, quando eu era criança e até os 16 anos (1987), todos os anos havia desfiles das escolas públicas em uma das avenidas mais largas de Macapá, a Avenida Fab. Lá fica a área administrativa e sede do governo estadual e também a sede da prefeitura de Macapá.
Lembro que eu não gostava de desfilar no dia 13 de setembro.
Tinha que acordar cedo em pleno feriado. E ficar no sol por horas até terminar o desfile da escola que eu estudava.
O horário variava muito, pois acho que havia sorteio da ordem de desfile de cada escola, não lembro bem.
Eu desfilei várias vezes, mas não todos os anos.
Achei esta foto do meu último desfile, e também último ano em que Amapá era território.
Eu estava no 2º ano do 2º grau, 1987. Não sei de quem foi a idéia, mas desfilamos de palhaças, eu e minhas amigas. Foi muito divertido.
Em 1988, com a nova constituição, o território virou Estado do Amapá, e eu já morava em Belém.
Ao retornar para Macapá em 1995, já estava formada, e pouco lembro sobre essa comemoração.
Vou pedir ajudar aos escolares sobre isso....
Sabia que houve uma pequena colonização russa no Amapá?
Pois eu não sabia.Que vergonha!
Aprendi isso e muito mais aqui.
8 de set. de 2013
Portugal foi massagem na alma!
Por
Unknown
A principal
razão foi ter amig@s que nos acolheram em Aveiro e com el@s tivemos uma programação intensa e
inesquecível, cheia de emoções com direito a ver o por do sol na beira estrada e ainda empurrar o carro com muito bom humor.
Esse ali, foi em Café, localizado em outra cidade, e que tem o melhor pastel de nata da região.
Mas há outras razões...
1. A língua. Poder falar, conversar, se comunicar, etc, fora do nosso país de origem faz um diferencial enorme. Como diz Caetano:
Mas há outras razões...
1. A língua. Poder falar, conversar, se comunicar, etc, fora do nosso país de origem faz um diferencial enorme. Como diz Caetano:
¨Minha minha pátria é minha língua...
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e imã¨2. A comida. Jesus me abana, porque a comida é um escândalo de bom!
3. O apartamento. Alugar um apartamento invés de se hospedar em hotel foi decisão sábia. Apesar de que nem precisávamos disso para nos sentir em casa. Portugal é como nossa casa.
4. As pessoas. Ah portugueses... eitha povo acolhedor, que brinca faz piada, gosta de conversar...
5. A amiga blogueira portuguesa, um encanto de pessoa também na vida real, advinha até pensamentos gastronômicos.
5. E o céu? Ah o céu... tem um azul intenso e deixa a vida mais blue.
6. Beijinhos. Como nós brasucas, portugas também gostam de dar beijinhos. Eram sempre dois beijinhos na chegada e 2 beijinhos na saída.
Agora me diz, tem como não amar Portugal?
Como aprendi na gíria portuguesa, eu diria,
Portugal é fixe!
Portugal é muito gira!
Não há mais
o que explicar porque Portugal foi uma massagem na alma que mente e corpo agradecem e ponto de exclamação, porque eu, assim como Caetano, adoro nomes em ã!
5 de set. de 2013
Pedalando em Heidelberg, o retorno
Por
Unknown
Semana passada levei minha bici na oficina, pois precisava de um concerto.
A magrelinha estava há 2 anos sem ser usada, então os pneus estavam tortos, a buzina estava quebrada, enfim a bici, precisava de uma boa revisão.
Deixei a bici na oficina, com um certo receio.
O responsável pela oficina não me deu nenhuma garantia em papel que eu tinha deixado a bicicleta lá. Como ele disse: quando você vier buscar vou lembrar de seu rosto. E foi quase assim.
Ao chegar lá disse:
- Vim buscar minha bicicleta.
- Qual é a sua bicicleta?
Jesus me abana, eu podia escolher qualquer uma das que estavam lá, pois ele não lembrava qual era a minha.
Eu apontei com o dedo para minha magrelinha, e disse: é esta aí.
Ele pegou a bicicleta, tirou da cestinha um papelzinho com o preço, me explicou o que foi feito e disse: agora está tudo ok com a sua bicicleta.
Eu paguei e fui embora pensando...¨essas coisas de confiar em uma pessoa desconhecida só acontece aqui mesmo¨.
Enfim, voltei pedalando para casa feliz da vida. Fazia tanto tempo que não pedalava, e eu gosto tanto...
O verão está acabando, mas acho que ainda dá para aproveitar a bici por mais um tempo.
Ontem e hoje pedalei pelas redondezas do bairro, o dia estava lindo e pedia isso.
Just in case... usei uma cinta para proteger a colostomia.
Agora, ninguém me segura, pedalar é preciso!
A magrelinha estava há 2 anos sem ser usada, então os pneus estavam tortos, a buzina estava quebrada, enfim a bici, precisava de uma boa revisão.
Deixei a bici na oficina, com um certo receio.
O responsável pela oficina não me deu nenhuma garantia em papel que eu tinha deixado a bicicleta lá. Como ele disse: quando você vier buscar vou lembrar de seu rosto. E foi quase assim.
Ao chegar lá disse:
- Vim buscar minha bicicleta.
- Qual é a sua bicicleta?
Jesus me abana, eu podia escolher qualquer uma das que estavam lá, pois ele não lembrava qual era a minha.
Eu apontei com o dedo para minha magrelinha, e disse: é esta aí.
Ele pegou a bicicleta, tirou da cestinha um papelzinho com o preço, me explicou o que foi feito e disse: agora está tudo ok com a sua bicicleta.
Eu paguei e fui embora pensando...¨essas coisas de confiar em uma pessoa desconhecida só acontece aqui mesmo¨.
Enfim, voltei pedalando para casa feliz da vida. Fazia tanto tempo que não pedalava, e eu gosto tanto...
O verão está acabando, mas acho que ainda dá para aproveitar a bici por mais um tempo.
Ontem e hoje pedalei pelas redondezas do bairro, o dia estava lindo e pedia isso.
Just in case... usei uma cinta para proteger a colostomia.
Agora, ninguém me segura, pedalar é preciso!
2 de set. de 2013
Praticidade para arrumar a mala
Por
Unknown
Vou compartilhar uma coisa que foi muito útil nesta última viagem.
Eu sou muito prática e não gosto de viajar com mala grande e cheia de coisas que não vou usar.
Então quando eu estava pensando nas roupas para levar para a viagem de Portugal, então veio a idéia de espalhar as roupas na cama para eu ver se combinavam ou não para que fosse úteis e coubessem em uma mala pequena.
Por conta do verão por aqui, eu já tinha noção das roupas que eu ia levar, aí eu espalhei na cama todas as roupas assim:
- uma fileira de camisetas
- uma fileira de vestidos, incluí uma saia nesta fileira
- uma fileira com calça comprida estampada, bermuda e short
- uma fileira com a bolsa e sandálias, e acima as peças íntimas.
Com a visão do todo, eu vi o que combinava com o que. Aí eu excluí algumas peças, e incluí a minha saia mullet de cor laranja, que deve está no seu último verão, pois já está no fim da moda.
Não levei a bolsa amarela, e sim uma verde e outra alaranjada, que por sinal é uma super companheira desde o ano passado, que durou até este verão, pois voltou acabada, de tanto que usei em Portugal. É a primeira vez que isso me acontece com uma bolsa.
E lá em Aveiro tive que comprar uma parka por conta do ventinho frio que geralmente tinha de manhã e a noite. Na foto ao lado, eu usei minha canga nos ombros, pois saímos cedo de Aveiro para Porto, e eu senti um pouco de frio nos braços, mas ao longo do dia esquentou muito e a canga foi dentro da bolsa.
Então, o que você achou desta forma de arrumar uma mala?
Eu sou muito prática e não gosto de viajar com mala grande e cheia de coisas que não vou usar.
Então quando eu estava pensando nas roupas para levar para a viagem de Portugal, então veio a idéia de espalhar as roupas na cama para eu ver se combinavam ou não para que fosse úteis e coubessem em uma mala pequena.
Por conta do verão por aqui, eu já tinha noção das roupas que eu ia levar, aí eu espalhei na cama todas as roupas assim:
- uma fileira de camisetas
- uma fileira de vestidos, incluí uma saia nesta fileira
- uma fileira com calça comprida estampada, bermuda e short
- uma fileira com a bolsa e sandálias, e acima as peças íntimas.
Em Porto |
Não levei a bolsa amarela, e sim uma verde e outra alaranjada, que por sinal é uma super companheira desde o ano passado, que durou até este verão, pois voltou acabada, de tanto que usei em Portugal. É a primeira vez que isso me acontece com uma bolsa.
E lá em Aveiro tive que comprar uma parka por conta do ventinho frio que geralmente tinha de manhã e a noite. Na foto ao lado, eu usei minha canga nos ombros, pois saímos cedo de Aveiro para Porto, e eu senti um pouco de frio nos braços, mas ao longo do dia esquentou muito e a canga foi dentro da bolsa.
Então, o que você achou desta forma de arrumar uma mala?