30 de mar. de 2010

Minha experiência em hospital alemão

Minha primeira experência em hospital alemão foi quando acompanhei uma amiga por dois dias em um hospital em Stuttgart em 2009.
Ela fez uma cirúrgia e eu fiquei com ela 2 dias. No primeiro dia, cheguei bem cedinho, mas ela ainda estava sob efeito da anestesia. Já quase na hora do almoço ela já estava mais recuperada, mas sonolenta. Saí por volta da 18 hs. As visitas podiam ficar das 8 às 18 hs. No segundo dia fiquei até às 15 horas quando ela recebeu alta.
Eu tinha muita curiosidade de saber o funcionamento do hospital, especialmente a parte de alimentação. Para quem não sabe, sou nutricionista e trabalhei 6 anos em um hospital infanto juvenil em Macapá.
Apesar de ter ficado pouco tempo, deu para perceber algumas coisas, que na minha opiniäo säo diferencas enormes no servico de alimentação do hospital alemäo e brasileiro.
Coisas que estranhei:
- A ou O nutricionista nunca visitou minha amiga para saber sobre a alimentacao dela. Talvez não tenha esta profissional no hospital. Ou a concepção do serviço de nutrição hospitalar pode ser outra.
- Minha amiga comeu comida enlatada (peixe) e um dia serviram uma lasanha bem gordurosa.
- Ela recebeu 3 refeições: café da manhä, almoço e jantar. Mas ela podia solicitar chá quando quisesse.
Até o período em que trabalhei em hospital (2001) era assim:
- Pacientes recebiam 6 refeicöes, café da manhä, lanche, almoco, lanche,jantar e ceia.Será que nós brasileir@s comemos mais?
- Nutricionistas visitavam pacientes no mínimo 1x ao dia, todos os dias da semana.
- Servir comida enlatada?!! Nem pensar!!!!


Como eu falei, isso era assim até 2001, eu não sei como está agora, mas eu achei o servico daqui muito diferente do servico brasileiro.
Você já ficou internad@ ou acompanhou alguém em hospital? Como foi a sua experiência em relação ao servico de nutrição e ditética do hospital? Conta aí vai....

27 de mar. de 2010

Quer receber um postal da Alemanha?

É o seguinte: eu ganhei um calendário semanal com postais da Alemanha. Tem fotos muito bonitas, mas eu decidi compartilhar os postais que estou acumulando a cada semana quando tenho que retirar um postal do calendário.
Eu não vou fazer nenhum concurso e nem sorteio. É só me enviar um email dizendo "quero receber um postal da Alemanha" e escrever o endereço para onde eu tenho que enviar.
Para quem não tem meu email, é só enviar para este aqui:
nutriane@yahoo.com.br
Tá valendo para todo mundo que passar por aqui. Desde as pessoas que acompanham minhas pavulagens há muito tempo até aquelas que estão vindo pela primeira vez.
Aproveitem!!!

Bom final de semana!!

20 de mar. de 2010

De volta...

Pode parecer pouca coisa, mas a intensidade de cada uma delas parecia não acabar.
O que eu andei fazendo nos últimos tempos...
Teve muita neve por aqui...eu quase congelei.
 






  Uma comilança extra...
Bolos para comemorar minha idade nova em janeiro.

 Jantar típico iraniano na casa de amig@s iranian@s.

Eu viajei para Nuremberg para fazer uma palestra sobre a situação nutricional da população brasileira e o fome zero. E foi muito legal :)

Não tem foto.
Organizei uma reunião aqui em Heidelberg, como parte do meu trabalho voluntário na FIAN. Foi bem produtiva.

Eu também tive minha primeira experiência hospitalar na Alemanha. Fiz uma cirúrgia, e ocorreu tudo bem. Em breve conto tudo.
Agora vou tentar retribuir as visitas.

17 de mar. de 2010

Ser paraense

Compartilhando o que recebi por email.
Sou amapaense, mas paraense de coração.
UM OLHAR CARIOCA...

Margareth Camargo

É verdade que existem coisas que só o Paraense tem e sabe.  Paraense gosta de ensinar e dividir o que é tão só seu. Paraense gosta de repartir suas esquinas, seus tucupis, tacacás e maniçobas, gosta de compartilhar o prazer de Ver-o-Peso de suas delícias e talentos, encanta a todos com suas estórias e causos, se faz criança, só pelo simples prazer de ver os seus e os nossos filhos brincarem felizes.
Paraense recebe quem chega, leva pra casa apresenta os amigos, sem medo de perdê-los, leva ao clube, mostra seus mangais, suas docas, suas tantas janelas, sua matriz, seus museus, seus boleros seus trapiches, e aos domingos, nos presenteia com um farto café da manhã nos arredores do majestoso teatro onde o maior espetáculo é a Paz.
Povo carinhoso, hospitaleiro, chama a todos de mano, mana, maninho, fica logo amigo, faz almoço, jantar, leva pra dentro de casa, prepara açaí, com farinha d'água ou de tapioca, com açúcar ou sem, com charque, pirarucu ou sem nada só ele purinho, te presenteia com um bate-papo sem compromisso, e ainda oferece à rede pra dormir a sesta depois do almoço.
Paraense gosta de brincar por que é feliz, se diverte ao jogar suas “petecas de gude”, se alegra ao ver seus papagaios bailarem ao ar, pois com eles, voam seus sonhos e fantasias, não se incomoda com as mangas que caem em seus carros e em suas cabeças, por que elas os alimentam o físico e refrescam suas almas, com a oxigênica proteção de suas copas frondosas.
Paraense tem: cheiro gostoso... Cheiro caboclo, cheiro de vento, de mato, de chuva, de terra molha, de moça faceira, de maré, de peixe, de argila marajoara, de patchouli. Paraense conta as estórias do boto, do moço bonito com pitiú de peixe, mas que mesmo assim, encanta e enfeitiça as moçoilas em noites de lua cheia.
Paraense é mesmo assim, cabra orgulhoso por essa mistura indígena morena, brejeira e gostosa de ser, um autêntico índio misturado a tantas outras culturas, o que com certeza os torna muito mais especiais! Sente prazer em suas águas, barrentas ou azuis transparentes, quentes ou frias, por que ele tem ilhas, rios, baias e mares que lhes foram presenteados por Deus.
         Paraense tem verão o ano inteiro, apesar das chuvas... Mas tem o alto verão, quando à maioria do povo brasileiro treme de frio, o Paraense desfruta dos prazeres proporcionados pelo barrento Guamá, pela baia do Guajará, pelo azul e límpido Tapajós, por todas as tranqüilas belezas do Algodoal, pelas Salinas calmamente traiçoeiras, Marudá e Mosqueiro tão aprazíveis.
 Paraense, é um povo que pode exibir o ano inteiro um bronzeado magnífico acentuando a beleza de sua morenice cabocla. Paraense é povo festeiro amigo, encantador. Em todo canto tem violão, karaokê, guitarra, cantantes... , carimbó, síriá, treme terra, permitindo a todos um bailado contagiante.
Paraense é um povo que tem opções pra tudo, até quando não quer nada fazer, pode simplesmente olhar pelas varandas do velho “Manoel” e contemplar as belezas de uma terra maravilhosa, e o caminhar de um povo lindo que também é índio, místico, curandeiros, intelectual, e feliz, pelo simples fato de ser PARAENSE!
 Essa é a visão de um povo a partir do olhar de uma Carioca que se apaixonou e foi tão bem recebida por essa terra e por essa “FANTÁSTICA” gente que sente prazer em compartilhar com todas as gentes, as coisas da sua terra da sua cultura e de sua vida, oferecendo a todos os que por lá passam, as maravilhosas coisas que só o Paraense tem.
 

11 de mar. de 2010

Uma mulher importante - post de 2007

Acho que foi devido o dia internacional da mulher que este post estava entre os posts procurados da minha pavulagem. Achei interessante, nunca tinha imaginado que este post poderia ter estar em um resultado de busca da internet.
Ele foi escrito em maio de 2007.
Resolvi re-publicar, caso alguém não tenha lido.

22/05/2007 - Uma mulher importante - resultado

Como foi díficil escolher cinco mulheres e entre cinco, escolher uma.
Como tudo começou...
Como já falei, tive uma aula sobre biografias de pesssoas que foram importantes na história da Alemanha e do mundo. Para minha surpresa eram todos homens. Não por culpa da professora ou da escola. Mas a atividade estava escrita no livro. Um dos deveres de casa foi escrever sobre uma pessoa importante para o país de origem. A professora pediu que não fosse personalidade política.

E na mesma hora já fui pensando em algumas mulheres. A primeira que veio na cabeça foi Maria Bonita, minha favorita. Depois Leila Diniz, Cora Coralina, Janete Clair, Elis Regina, Anita Garibaldi e Tarsila do Amaral.
 Leia mais aqui
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Saudades daqui...

8 de mar. de 2010

Melhor frase que já li hoje - Dia Internacional da Mulher

No Dia Internacional da Mulher, nós dispensamos as rosas de presente. Se nos deixarem ocupar cargos bem-remunerados, teremos dinheiro para comprar nossas próprias flores.

Recomendo ler na íntegra o texto da Lola aqui
http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/03/troca-se-rosa-por-salario-decente.html

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Desculpem-me, continuo sem tempo para a blogosfera.

7 de mar. de 2010

Manifesto das mulheres gauchas, do campo e da cidade. Na luta contra agronegocio e o agrotoxico -8 de março

Recebi por email e compartilho com vocês. O texto está ótimo e muito interessante.
O manifesto das gaúchas

Mulheres do campo e da cidade unidas na luta contra o agronegócio e pela soberania alimentar
Neste mês em que se comemoram os 100 anos do 8 de março como dia internacional de luta das mulheres, nós trabalhadoras do campo e da cidade do Rio Grande do Sul estamos novamente nas ruas. Este ano nossa mobilização tem como principal objetivo denunciar para a sociedade que a maior parte da comida que chega a mesa da população brasileira não é alimento, é veneno.
O Brasil é campeão mundial do uso de agrotóxicos, que são venenos muito perigosos usados na agricultura que provocam muitas doenças para produtoras/es e consumidoras/es e grandes impactos ambientais. Além disso, a maior parte dos produtos industriais que comemos é fabricada com soja transgênica que também causa muito mal à nossa saúde.
E quem come esta comida envenenada? Somos nós, pobres. São as mulheres e homens trabalhadores que recebem baixos salários ou estão desempregados e escolhem os alimentos pelo preço não pela qualidade. São as pessoas sem terra, sem teto, que se alimentam graças às cestas básicas. Os ricos têm opção de comer produtos orgânicos, cultivados sem venenos.
Os agrotóxicos e os transgênicos não servem para matar a fome do povo, e sim para matar a fome de lucro das empresas do agronegócio, a maioria delas multinacionais. Esses produtos envenenam as terras, as águas e principalmente as pessoas.
Leite materno só é fonte de vida quando as mães comem alimentos saudáveis
Nesta mobilização estamos amamentando esqueletos para denunciar a população em geral, e principalmente às mulheres, que quando comemos comida envenenada e damos o peito aos nossos filhos ao invés de alimentarmos a vida transmitimos a morte.
As doenças causadas por agrotóxicos são transmitidas de geração para geração, e um dos modos de transmissão é através do leite materno. No entanto, o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada para o povo pobre, contaminando o leite da maioria das mães brasileiras.
A gente não quer só comida
Nós mulheres que passamos boa parte de nossas vidas envolvidas no cultivo e/ou no preparo da comida para garantir saúde à nossa família estamos nas ruas para gritar em alto e bom som que gente não quer só comida, a gente quer alimento saudável, a gente quer soberania alimentar!
Para o agronegócio o lucro está acima da vida. O agronegócio faz mal a saúde do povo e do meio ambiente! E os governos estadual e federal que financiam o agronegócio estão usando o dinheiro público para bancar o envenenamento da população pobre, a contaminação de nossas terras e águas.
Estamos em luta contra
Contra o agronegócio, um modelo de produção agrícola que se sustenta na superexploração do trabalho das pessoas, na contaminação dos alimentos, na destruição de nossas riquezas naturais. Lutamos contra o uso de recursos públicos para financiar a contaminação do povo e do meio ambiente; Estamos em luta contra todas as formas de violência contra mulheres, incluindo a imposição de um padrão alimentar que não respeita os costumes alimentares e causa muitos males à saúde.
Estamos em luta por:
Soberania Alimentar - com reforma agrária, com geração de emprego e vida digna para as populações camponesas, com agricultura ecológica que respeita a diversidade de biomas e de hábitos alimentares. Os governos se dizem preocupados com a segurança alimentar, querem que as pessoas tenham várias refeições por dia. Mas tão importante quanto a quantidade da comida é a qualidade do que comemos. Por isso não basta segurança alimentar, precisamos construir a Soberania Alimentar.
Mulheres da Via Campesina, do MTD, da Intersindical e do coletivo de mulheres da UFRGS.
Porto Alegre, março de 2010.

Mais informações aqui:
http://www.cedefes.org.br/
http://www.ihu.unisinos.br/
E nesta edição super especial do MST em homenagem as mulheres:
http://www.mst.org.br/especiais/35